Pelas estradas do Brasil, milhares de produtos são transportados: roupas, soja, outros veículos, mudanças, insumos minerais e, claro, cargas vivas. Se a sua transportadora está pensando em começar a atuar com esse setor – ou se já atua, mas tem algumas dúvidas – esse texto é para você!

Sim, o transporte de animais, é frequente e exige conhecimentos específicos que a Rede Pedro Pelanda vai lhe contar para evitar problemas!

Quando se transporta cavalos, bois, vacas ou qualquer outro animal de grande porte sem cuidados, há risco tanto para a vida humana, quanto para os animais transportados, que sofrem muito. Quem transporta cargas vivas precisa proporcionar transporte ético e seguro.

O que é carga viva?
Dada a natureza sensível desses seres vivos, TEM QUE TER veículos e carrocerias especializadas. As carrocerias fechadas, como a chamada boiadeira, com entradas de ar estrategicamente posicionadas para garantir ventilação, são as mais usadas – containers resistentes, caminhões ou carretas também são utilizados.

Muita atenção com as dimensões que precisam ser adaptadas às necessidades específicas da carga. Para garantir a segurança do transporte da carga viva, tem que conhecer os modelos de carroceria e sua manutenção.

Espaço adequado
O veículo deve oferecer espaço suficiente para que os animais permaneçam em suas posições naturais, permitindo que possam se levantar e até mesmo deitar para descansar.

Exclusividade no transporte
Colocar outras mercadorias com os animais? Nem pensar! Os compartimentos destinados aos animais não devem conter outras mercadorias que possam prejudicá-los durante o transporte. Evitar ferimentos em animais é o lema!

Cuidado com o pavimento e serragem
O caminhão está em movimento, portanto a segurança dos animais passa pelo preparo do compartimento. O piso do veículo deve estar em condições perfeitas para evitar escorregões, e a serragem utilizada não deve ser excessivamente fina para evitar lesões nos olhos dos animais.

Identificação obrigatória
Veículos que transportam carga viva devem exibir símbolos e avisos indicativos da presença deles. Aproveitando, já cuide de fazer inspeções do veículo, de fornecer bom tratamento aos animais e zelar pela circulação de ar de maneira saudável e correta.

Amarras bem seguras
Animais viajam presos para evitar problemas e o melhor a ser feito é usar amarras de comprimento suficiente para permitir que se deitem, alimentem e bebam. Prevenção contra estrangulamento é crucial, evitando amarras nos chifres, por exemplo. As amarras são para a segurança dos animais.

Embarque e desembarque
Processos de embarque e desembarque são cruciais. Mantenha atenção especial para evitar lesões nos animais, que podem reagir assustados com essa movimentação e troca de ambiente.

O tempo de embarque deve ser cuidadosamente monitorado, considerando qual é a resistência dos animais. Muitos aguentam até 20 horas de viagem, mas o respeito aos limites individuais é crucial, já que períodos prolongados aumentará o estresse dos animais.

E a documentação?
De nada adianta ter o veículo perfeito sem a documentação correta, portanto a Rede Pedro Pelanda vai listar quais são os papéis necessários ter para cargas vivas.

Vamos nessa!

GTA
O Guia de Transporte Animal, conhecido como GTA, é o principal documento. Ele é emitido pelas autoridades locais ou estaduais, um verdadeiro “que é o quê” deste tipo de transporte: origem, destino, tipo de veículo, quantidade de animais e detalhes de identificação individual – tudo está lá. O GTA é a garantia de que todas as informações estejam precisas e atualizadas, atendendo às exigências das autoridades competentes.

Certificado veterinário
Sim, a saúde dos animais em primeiro lugar durante o trajeto. Este Certificado é indispensável. Emitido por profissionais credenciados em saúde animal, o documento atesta a saúde dos animais, incluindo informações sobre vacinações, exames clínicos e medidas sanitárias. É um selo de aprovação para as autoridades sobre o bem-estar destes bichos.

Licenças a autorizações específicas
Dependendo da carga viva e das regulamentações locais, podem ser exigidas permissões adicionais. Certos animais precisam ser transportados dentro de normas específicas de conservação, deixando o processo mais detalhado. Nesse caso, a recomendação é conhecer todas as regras regionais para conseguir as licenças corretas antes de sair por aí.

Plano de transporte e cuidados
Não é um documento formal, mas ajuda muito! Ter um plano de transporte e cuidados é zelar pela ventilação adequada, a alimentação, o fornecimento de água e períodos de descanso. Situações emergenciais, como problemas mecânicos do veículo, devem aparecer nesse plano.

Regulamentações internacionais
Atravessar a fronteira com Paraguai e Argentina (usando como exemplos países mais próximos) com carga viva é um desafio, por isso, prepare-se para uma enxurrada de regulamentações internacionais. A Convenção Internacional para a Proteção dos Animais de Transporte (CIAT) é uma referência, mas muita coisa varia entre países. Estude muito bem essas diferenças e garanta que toda a documentação adicional esteja em ordem.

Tenha uma jornada responsável com os animais pelas estradas. Siga nosso blog e vamos rodar!