As condições estruturais das estradas brasileiras para caminhoneiros são, em geral, ruins. É normal que caminhoneiros se deparam com muitas estradas estão mal conservadas, com buracos, rachaduras e até mesmo falta de sinalização – ou seja, cada viagem é um desafio com enormes dificuldades para quem dirige. Com tantos riscos de acidentes em rodovias tão mal preparadas (ou sem cuidado) para o tráfego pesado de caminhões, será que temos uma perspectiva boa para dias melhores?
É isso que nós, da Rede Pedro Pelanda, vamos descobrir – mas antes, um pouco de dados para entendermos o que está acontecendo!
– Número da Confederação Nacional do Transporte (CNT) nos mostra que o transporte rodoviário movimenta mais de R$1,5 trilhão por ano, criando mais de 2,5 milhões de empregos diretos e indiretos.
– Este setor cuida de mais de 60% de todas as cargas transportadas no Brasil, ganhando com folga de transportes ferroviários e fluviais.
– Grandes transportadoras são responsáveis diariamente por levar todo tipo de produto, com destaque para alimentos, bebidas, materiais de construção, produtos industrializados de médio porte e, principalmente, combustíveis.
É muita responsabilidade, concorda?
E olha que este é um dos setores com o maior número de regulamentos do Brasil. Quem gerencia transportadora sabe o volume de regrinhas para manter frotas de veículos em boas condições de funcionamento, contratação de motoristas qualificados e inúmeras normas de segurança. O mínimo que se espera é que as rodovias ajudem ao invés de atrapalhar.
Estamos falando de um setor que movimenta mais de R$1,5 trilhão por ano que coloca profissionais das estradas a um risco maior de acidentes, doenças e acidentes de trabalho.
Para a Rede Pedro Pelanda, os caminhoneiros têm um espaço de descanso, um porto seguro com toda infraestrutura de apoio, como postos de gasolina, restaurantes e banheiros sempre higienizados que ajudam a deixar a viagem menos cansativa!
E temos boas perspectivas de melhorias?
Na classificação “Ótimo e Bom” da Pesquisa CNT Rodovias, realizada pela Confederação Nacional do Transporte caiu de 28,2% para 24,7%. Sobre reconstrução, restauração e readequação das vias desgastadas, a estimativa em 2018 era que o investimento sairia na casa dos R$48 bilhões e hoje, para solucionar a situação atual, o valor saltou para mais de R$90 bilhões.
É muita coisa!
Mas o Governo Federal está ou não se movimentando?
Ao que tudo indica, está, sim, pelo menos na previsão do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes – DNIT. Porém, vai levar tempo para que os resultados sejam percebidos. Há uma série de medidas para melhorar as condições das rodovias federais que inclui aumento do financiamento para manutenção e construção de rodovias.
O DNIT tem esta precisão com investimento de bilhões de dólares em projetos de construção e manutenção de rodovias, mas o problema é que essas medidas que ajudarão na segurança e eficiência das estradas serão sentidas apenas no longo prazo.
A atuação de governos estaduais está tentando criar boas condições – como no Paraná, por exemplo, que criou diversas novas áreas de escape com caixa de brita para frear veículos que perdem seus freios na descida em serras.
Conclusão: as estradas ruins não são de hoje e algumas medidas podem melhorar a situação, mas levará tempo. O melhor, por hora, é ter veículos com manutenção em dia, motoristas bem treinados e orientar motoristas a manterem a atenção redobrada nas estradas do Brasil.